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Colocando o dorminhoco-gordo-do-pacífico Dormitator latifrons (Pisces: Eleotridae) para dormir: efeitos do óleo de cravo e do anestésico lidocaína

Resumo

Dentre as diferentes técnicas de manejo na aquicultura, o uso de anestésicos tem despertado interesse crescente voltado para a garantia do bem-estar animal, reduzindo possíveis situações de estresse durante o manejo geral. O objetivo deste estudo foi apresentar o uso de eugenol e lidocaína com procedimentos anestésicos não invasivos em Dormitator latifrons, nos quais foram determinadas as diferentes etapas da anestesia (indução e recuperação). Foram utilizados 120 peixes saudáveis, com peso médio de 73,59 ± 13,53 g e 17 ± 1,36 cm de comprimento, em jejum de 24 horas antes dos testes. Cinco peixes foram submetidos a eugenol (25, 50, 100 e 200 µL/L) e lidocaína (100, 200, 300 e 400 mg/L), em triplicata. O tempo para atingir a anestesia profunda e de recuperação foi registrado, os dados foram analisados com ANOVA (α= 0,05). Organismos expostos a anestésicos evidenciaram episódios precoces de nado rápido de curta distância (hiperatividade inicial) por curtos períodos de tempo. A sobrevivência atinge 100% com ambos compostos e concentrações. Peixes expostos a uma concentração de eugenol de 200 µL/L tiveram tempos de anestesia mais longos e demoraram mais para se recuperar (P<0,05). As concentrações mais efetivas para eugenol e lidocaína foram de 200 µL/L e 400 µL/L em peixes juvenis, promovendo induções rápidas, sem comprometer as condições de recuperação dos peixes. Este trabalho fornece informações práticas para o manejo e transporte de D. latifrons com o mínimo de estresse possível e garantindo o bem-estar animal.

Palavras-chave:
peixe; eugenol; estresse; manipulação; sedação

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