Resumo
O presente estudo teve como objetivo produzir uma população monossexuada de todos os machos de tilápia do Nilo (Oreochromis spp.) usando 17α-metil testosterona e testículos de carpa comum como fonte de andrógeno natural. O ensaio foi conduzido em duas fases consecutivas, a primeira foi a administração de alevinos (4-5 dias) com controle negativo (sem hormônio) e controle positivo (com hormônio), viz., MT1:60mg/kg, MT2:70mg/kg (17α -MT), testículos de carpa CT1:70% e CT2:80% por 30 dias para inverter o sexo dos peixes machos e a segunda fase foi amamentar os alevinos por dois meses com dieta controle (32% de proteína bruta), e analisar a taxa de crescimento (p < 0,05) no grupo controle, em que o peso final (4,8 ± 0,34 ab) e o peso ganho foram registrados como 0,66 ± 0,03 ac. Na composição química aproximada da carne corporal, o tratamento CT2 mostrou retenção máxima de proteína bruta, gordura bruta e cinzas, enquanto a matéria seca apresentou retenção máxima nos tratamentos MT2 e CT1. O exame morfológico e histológico revelou diferença significativa (p < 0,05) nos machos fenotípicos de tilápia do Nilo alimentados com o maior percentual na dieta tratada com MT (MT2) de 95 ± 0,58a enquanto MT1, CT2 e CT1 tiveram machos de 85 ± 6,0b, 70 ± 5,0 e 65 ± 6,5b, respectivamente. Concluiu-se que o andrógeno sintético (17αMT) foi mais eficaz para a masculinização, entretanto os andrógenos naturais podem ser um método alternativo para produzir população de tilápias machos de maneira ecológica, pois são baratos, ecológicos e estão disponíveis radialmente. Esses resultados sugerem que a suplementação de andrógenos sintéticos e naturais na dieta desempenha um papel significativo na melhoria do desempenho do crescimento e da composição corporal.
Palavras-chave:
testículos de carpa comum; peixes exóticos; crescimento; masculinização; 17α-metil testosterona
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