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Proporção e fatores associados a Apgar menor que 7 no 5º minuto de vida: de 1999 a 2019, o que mudou?

Resumo

Apesar da variação entre observadores na avaliação do escore de Apgar, ele permanece um indicador útil das condições gerais do recém-nascido. O presente trabalho é um estudo de corte transversal baseado na população de nascidos vivos no Brasil no ano de 1999 e no biênio 2018-2019. Foram avaliadas todas as declarações de nascidos vivos (DNV) obtidas a partir do banco de dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. As frequências foram comparadas entre os grupos por meio do teste qui-quadrado de Pearson e foi realizada análise de regressão logística multivariada. Adotou-se nível de significância estatística de 0,05. Foram analisadas 9.050.521 DNVs em nossa pesquisa. Constatamos que 2,1% dos recém-nascidos tiveram Apgar de 5º minuto < 7 em 1999, em comparação com 0,9% em 2018-2019. A análise multivariada indicou que gemelidade e gravidez na adolescência deixaram de ser fatores de risco para Apgar de 5º minuto < 7. Entre os fatores de risco, nota-se aumento da prematuridade, baixo peso ao nascer e anomalias congênitas. Observou-se melhoria de marcadores maternos, em especial o aumento do número de consultas pré-natais e escolaridade. Tais achados mostram a importância de acesso e seguimento pré-natal adequado e investimento em melhores condições socioeconômicas como estratégia eficaz para redução de morbimortalidade neonatal.

Palavras-chave:
Asfixia neonatal; Índice de Apgar; Atenção à saúde

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