Resumo
Discutimos neste artigo como ações de educação para a saúde fora do espaço escolar ganharam destaque como parte das medidas preventivas da Comissão de Profilaxia e Tratamento do Tracoma entre 1906 e 1908, ao serem conjugadas com os cuidados terapêuticos dos tracomatosos. Procuramos evidenciar, através de indícios encontrados nos relatórios governamentais, nas notícias jornalísticas, nos artigos médicos e na legislação estadual, como o governo de São Paulo promoveu campanhas de profilaxia contra o tracoma por meio da distribuição de panfletos e cartazes as quais, aliadas à atuação sistemática dos agentes sanitários governamentais, concorreram para a disseminação de prescrições higiênicas entre a população, sinalizando quais práticas pretendiam incutir ou modificar.
Palavras-chave:
educação para a saúde; doença endêmica; educação informal; saúde pública