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O direito do oprimido: contação de história em (poéticos) argumentos jurídicos

Resumo

Storytelling como método de produção de conhecimento há muito tempo foi introduzido e adotado em ambientes jurídicos, particularmente por estudiosos críticos. As contribuições do método foram reconhecidas, mas o método também foi muito criticado. O presente artigo se interessa por uma crítica: a ideia de que a verificabilidade de histórias pessoais é impossível e, portanto, de que os argumentos jurídicos baseados em storytelling são inaceitáveis ou fracos. Este artigo não oferece uma resposta final a essa crítica, mas sugere provisoriamente que, se os argumentos jurídicos baseados em storytelling forem analisados de maneira holística, podemos ver que, mesmo que as histórias que, em seu cerne, não possam ser verificadas - ou, no limite, ainda que não sejam verdadeiras - as reivindicações sociais mais amplas que delas derivam e que ancoram a argumentação jurídica, podem - e devem.

Palavras-chave:
Storytelling; Métodos jurídicos críticos; Teorias críticas do direito; Igualdade

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