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Qual é a carga de multimorbidade e os fatores associados à sua ocorrência em pessoas idosas brasileiras?

RESUMO

Objetivo:

Estimar a prevalência de multimorbidade em pessoas idosas e sua associação com características sociodemográficas, estilo de vida e antropometria.

Métodos:

Estudo transversal, com dados da Pesquisa Nacional de Saúde, 2019. Foram selecionadas aleatoriamente 22.728 pessoas idosas dos 27 estados brasileiros. Empregaram-se modelos de regressão de Poisson com variância robusta e adotou-se um nível de significância de 5%.

Resultados:

A prevalência de multimorbidade foi de 51,6% (IC95%: 50,4-52,7), sendo as maiores estimativas observadas no Sul e Sudeste. A multimorbidade foi associada ao sexo feminino (RPa=1,33; IC95%: 1,27-1,39), ter 80 anos ou mais (RPa= 1,12; IC95%: 1,05-1,19), baixa escolaridade (RPa=1,16; IC95%:1,07-1,25), consumo de cigarro no passado (RPa=1,16; IC95%:1,11-1,21), prática insuficiente de atividade física (RPa= 1,13; IC95%:1,06-1,21) e uso de telas por 3 horas ou mais por dia (RPa=1,13; IC95%:1,08-1,18).

Conclusão:

A multimorbidade afeta mais da metade da população idosa do Brasil e está associada a fatores sociais, demográficos e comportamentais.

Descritores:
Idoso; Multimorbidade; Doença Crônica; Múltiplas Afecções Crônicas; Estudos Transversais

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