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Tendências da ética profissional na modernidade

Identifica-se no momento presente uma crise de valores morais, fazendo com que os cidadãos clamem por justiça, respeitabilidade e compromisso social. Também os profissionais refletem essa situação e passam a investir na criação de valores que possam regulamentar as suas relações. Tal situação decorre da importância que a subjetividade passou a ter a partir da Modernidade, assim como, de algumas alterações ocorridas nas esferas política, econômica e social, fazendo com que os homens ganhassem uma grande confiança em si mesmos, a ponto de negarem a necessidade de seguirem valores estabelecidos socialmente. Assim, a ética na modernidade estrutura-se, basicamente, em três direções: uma de tradição teológica, outra que reconhece a situação de crise e tem consciência que precisa modificá-la, e a última que nega a necessidade de qualquer código moral. Em consonância com os valores vividos na sociedade, também, os códigos de ética profissional seguem tendências divergentes. Podemos identificá-los ora como um mero exercício tautológico, comprometido em sacramentar as práticas exercidas, ora como um falso enfrentamento das práticas cristalizadas e em outros momentos como uma tendência questionadora, voltada para a superação do egoísmo, do individualismo e do corporativismo. Acreditamos que esta última deveria ser a tendência a ser seguida, pois caracteriza-se como uma verdadeira orientação deontológica e não como subterfúgio de práticas desonestas e comportamentos moralmente inadequados.


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