RESUMO
Objetivo:
Explorar a experiência e a percepção dos migrantes internacionais no Chile sobre o acesso aos serviços de saúde durante a pandemia.
Método:
Estudo de caso coletivo sob o paradigma qualitativo. Foram realizadas 40 entrevistas semiestruturadas com 30 migrantes de diferentes países da América Latina e Caribe e 10 atores-chave do setor de saúde ou social em novembro e dezembro de 2020. As entrevistas foram analisadas tematicamente.
Resultados:
Os facilitadores percebidos para o acesso geral aos serviços de saúde estão relacionados ao trabalho formal, redes de apoio e bom tratamento, enquanto as barreiras estão ligadas ao status de imigração, lacunas de informação, discriminação, falta de habilidades interculturais e limites próprios do sistema. No contexto do acesso ao diagnóstico e tratamento da COVID-19, identificam-se principalmente barreiras: abordagem cultural da doença, lacunas de comunicação, vivências de discriminação, custos e falta de redes de apoio.
Conclusão:
O acesso aos serviços de saúde está vinculado à vulnerabilidade social e à violação dos direitos dos migrantes internacionais.
DESCRITORES
Migração Humana; Acesso aos Serviços de Saúde; COVID-19; Chile