O presente trabalho traz uma reflexão a respeito do ser um doente terminal e das várias maneiras que o sujeito tem a seu dispor para lidar com esse acontecimento. Nosso objetivo foi compreender a experiência da paliação por sujeitos doentes sem possibilidades terapêuticas de cura. A metodologia deste estudo teve como instrumentos a Entrevista Narrativa, a Observação Participante e o Diário de Campo, sendo a Análise Descritiva de inspiração foucaultiana o modo como as narrativas dos sujeitos foram percebidas. O resultado do estudo mostrou a possibilidade de olhar a experiência do adoecer através da ótica de uma posição de sujeito assumida pelo próprio enfermo. E concluímos que ao escolher os cuidados paliativos, o doente terminal opta por um modo de se sentir mais confortável e resiste às imposições do modelo médico de prolongamento da vida.
Paliação; Adoecer; Finitude; Posição de Sujeito; Identidade