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Vulnerabilidades de mulheres venezuelanas refugiadas: violências e relações sociais interseccionais* * Extraído da dissertação: “Mulheres venezuelanas refugiadas em contexto de mobilidade e reterritorialização: violências, vulnerabilidades e interseccionalidade”, Universidade Federal de Santa Maria, 2019.

RESUMO

Objetivo:

Analisar as vulnerabilidades de mulheres venezuelanas considerando suas experiências de violências na situação de refúgio.

Método:

Estudo qualitativo, desenvolvido com dez (10) mulheres venezuelanas refugiadas na região sul do Brasil, por meio de entrevistas individuais em profundidade. O quadro teórico de análise foi Vulnerabilidade, Direitos Humanos e Interseccionalidade.

Resultados:

Quanto maior a intensidade da intersecção dos marcadores sociais presentes, como as relações de gênero, raciais, de nacionalidade, geração, culturais, corporais, territoriais e outras, maior a amplitude das experiências vulnerabilizantes nas relações sociais dessas mulheres, produzindo exclusões e violação de direitos.

Conclusão:

As situações de vulnerabilidades das mulheres que se refugiam acentuam-se à medida que mais ou menos marcadores sociais se interseccionam nas suas experiências de vida e nas relações sociais estabelecidas, provocando impactos que viabilizam a transição de ‘sujeitos vulneráveis para vulnerados’. Conformaram-se assim, relações interseccionais que ora promoveram opressão, ora produziram resiliência e resistência.

DESCRITORES
relações Interpessoais; Vulnerabilidade em saúde; Violência contra a Mulher; Direitos Humanos; Refugiados

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