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Utilização da ultrassonografia na avaliação de retenção urinária em pacientes críticos * * Artigo extraído da dissertação de mestrado “Uso da ultrassonografia na mensuração do volume urinário de pacientes adultos e idosos internados em uma unidade de terapia intensiva”, apresentada à Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG, Brasil.

Objetivo:

mensurar o volume urinário por meio da ultrassonografia de bexiga, realizada por enfermeiro em pacientes críticos, após a remoção do cateter vesical de demora, e verificar os fatores relacionados na retenção urinária.

Método:

estudo quantitativo, observacional e transversal, realizado com 37 pacientes críticos de ambos os sexos, idade superior a 18 anos, com retirada de cateter vesical de demora nas últimas 48 horas. Foram utilizados um questionário contendo as variáveis sociodemográficas e clinicas e o exame de ultrassonografia. Os dados foram apresentados por meio da distribuição de frequência, medidas de centralidade e de variabilidade, associação pelo teste exato de Fisher e, para análise a regressão logística binomial múltipla.

Resultados:

dos 37 pacientes, a maioria era do sexo masculino, com média de idade de 54,9 anos. A mensuração do volume urinário pela ultrassonografia variou de 332,3 a 950 ml, sendo que 40,54% dos pacientes apresentaram retenção urinária. A retenção urinaria apresentou associação significativa para a ocorrência de infecção do trato urinário, constipação intestinal e diurese espontânea por transbordamento. Pacientes com infecção urinária tiveram 7,4 vezes mais chance de apresentar retenção urinária.

Conclusão:

ultrassonografia de bexiga foi eficaz para mensurar o volume urinário após a remoção do cateter vesical de demora e poderá contribuir na detecção da retenção urinária.

Descritores:
Unidades de Terapia Intensiva; Exame Físico; Retenção Urinária; Ultrassonografia; Enfermagem de Cuidados Críticos; Cateterismo Urinário


Destaques:

(1) Ultrassonografia de bexiga apresentou vantagem para melhor diagnóstico de enfermagem.

(2) Pacientes críticos apresentaram retenção urinária após retirada de cateter vesical.

(3) Foi detectada incontinência por transbordamento após retirada do cateter vesical.

(4) Pacientes com infecção urinária tiveram 7,4 vezes mais chance de apresentar retenção.

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