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Reuso de barreira estéril de tecido de algodão na prática clínica: estudo longitudinal observacional * * Artigo extraído da tese de doutorado “Propriedades de aventais, campos cirúrgicos e sistema de barreira estéril confeccionados em tecido 100% algodão utilizados na prática clínica monitorados por 15 meses”, apresentada à Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO, Brasil.

Objetivo:

analisar as características de barreira física e biológica de campos de algodão, que são utilizados como sistema de barreira estéril, após múltiplos usos e processamentos na prática clínica.

Método:

estudo longitudinal observacional de acompanhamento e de avaliação de tecido 100% algodão que foi utilizado como sistema de barreira estéril em um hospital de médio porte. Amostras foram coletadas antes do uso (após três lavagens) e com três, seis, nove, 12 e 15 meses de uso e avaliadas quanto ao número, à espessura e à integridade dos fios, peso, absorção de água e penetração úmida de micro-organismos.

Resultados:

após 85 lavagens, o número de fios permaneceu inalterado, porém aumentaram-se as fibras desfiadas e o volume de água absorvido. O teste microbiológico utilizando metodologia padrão alemão obteve resultado negativo; já o de penetração de úmida de micro-organismos não apresentou mudanças significativas ao longo do tempo, embora uma fração das células microbianas tenham passado pelas amostras de dupla camada.

Conclusão:

as propriedades físicas do tecido 100% algodão, utilizado como sistema de barreira estéril, alteraram com usos/processamentos; entretanto essas não interferiram significativamente nos resultados obtidos pelos testes realizados na barreira microbiológica até 85 lavagens.

Descritores:
Embalagem de Produtos; Têxteis; Monitoramento; Produtos Médico-Hospitalares; Esterilização; Assepsia


Destaques:

(1) O uso clínico e o processamento têm impacto no sistema de barreira estéril de tecido.

(2) Houve a perda de peso, a diminuição do tamanho e o aumento no volume de absorção de água.

(3) Quanto maior o tempo de uso, maior o número de fibras soltas

(4) A penetração de micro-organismos não aumentou ao longo dos 15 meses de estudo.

(5) As alterações físicas do tecido não interferiram nos eficiência da barreira do tecido.

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