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Conquistando um novo equilíbrio: Um estudo qualitativo de como a vida familiar foi afetada pela COVID-19 * * O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) - Código de Financiamento 001, Brasil. Apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), processo nº 402882/2020-2, Brasil.

Objetivo:

examinar as repercussões da pandemia no sistema familiar a partir da perspectiva dos familiares que contraíram e vivenciaram a COVID-19.

Método:

estudo exploratório com abordagem qualitativa realizado com 27 indivíduos que tiveram COVID-19. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas telefônicas gravadas em áudio e guiadas por um instrumento semiestruturado. A análise dos dados baseou-se num processo indutivo apoiado na Análise Temática Reflexiva.

Resultados:

a pandemia e o adoecimento de um familiar atuaram como motores geradores de novos e intensos movimentos no sistema familiar. Inicialmente, perceberam repercussões negativas como preocupações, medo, angústia, estresse, distanciamento e isolamento social. Com o passar do tempo e com o uso das tecnologias para facilitar a comunicação, os familiares começaram a perceber repercussões positivas como maior proximidade, fortalecimento dos laços, desenvolvimento de novos papéis e cuidado. As famílias também identificaram recuperação de uma posição equilibrada, com retorno de certo reajuste na dinâmica e funcionamento familiar.

Conclusão:

os profissionais de saúde precisam reconhecer que a doença COVID-19 impôs repercussões nos sistemas familiares, propondo intervenções que ajudem as famílias a enfrentar esse momento e recuperar mais facilmente uma posição equilibrada para seu funcionamento.

Descritores:
Pandemias; COVID-19; Família; Relações Familiares; Enfermagem Familiar; Pesquisa Qualitativa


Destaques:

(1) O sistema familiar foi afetado em sua dinâmica e funcionamento durante a pandemia.

(2) Inicialmente, as famílias transitaram em direção às repercussões negativas.

(3) Quanto mais grave o quadro de COVID-19, mais repercussões negativas eram percebidas pelas famílias.

(4) Houve também um movimento de repercussão positiva.

(5) As famílias começaram a identificar a recuperação de uma posição equilibrada.

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