Objetivo:
analisar a resposta emocional de pacientes críticos conscientes durante a higiene diária em uma unidade de terapia intensiva cardíaca e compará-la considerando ou não as experiências prévias.
Método:
estudo prospectivo e descritivo. Foi aplicado questionário ad hoc de 30 itens a 148 pacientes, com base na higiene do primeiro dia. Foram feitas perguntas sobre sentimentos durante a higiene e aspectos positivos e negativos da experiência. Os pacientes foram comparados considerando o fato de terem sido higienizados anteriormente.
Resultados:
67,6% eram homens e a idade média foi de 67±15 anos. 45,9% apresentavam conformismo, 27% se sentiram envergonhados e 86,3% estavam gratos por terem conversado com eles durante a higiene; 33,1% dos pacientes acamados nunca haviam recebido cuidados de higiene no leito, eram significativamente mais jovens e solteiros, e tinham um senso de limpeza mais baixo; 32% expressaram que gostariam que um membro da família ajudasse na higiene.
Conclusão:
os pacientes não se sentiram invadidos em sua intimidade quando receberam os cuidados de higiene e apreciaram a comunicação com o pessoal de saúde durante o procedimento. Os pacientes que não tinham recebido cuidados de higiene no leito anteriormente são mais jovens, sentem-se mais constrangidos e mais incomodados pelas interrupções, sendo mais conscientes delas.
Descritores:
Higiene; Higiene da Pele; Cuidados Críticos; Enfermeiras e Enfermeiros; Emoções; Unidades de Cuidados Coronarianos
Destaques:
(1) Compreender as emoções dos pacientes é essencial para um atendimento de qualidade na UTI.
(2) O estudo fornece uma visão geral do que a maioria dos pacientes pensa sobre higiene.
(3) O estudo permite aprofundar os aspectos mais íntimos dos cuidados prestados.
(4) O estudo permite que os cuidados sejam adaptados às necessidades expressas.