RESUMO
Objetivo
Verificar a associação entre a percepção de insegurança alimentar e a qualidade da dieta da população brasileira, aplicando a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar e o Índice de Qualidade da Dieta Revisado a partir de dois recordatórios de 24 horas.
Métodos
Estudo transversal que utilizou dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2017-2018. Utilizou-se o modelo de regressão multinomial com Odds Ratio e intervalo de confiança de 95%, sendo o modelo final com inserção das variáveis de acordo com o modelo teórico de hierarquia adotado.
Resultados
Foram analisados 57.920 domicílios, e destes, 39,22% viviam com algum grau de Insegurança Alimentar. Verificou-se diferença significativa entre pessoas do sexo feminino como chefe do domicílio, raça pardo e preto, domicílios com adultos e crianças e residir na região rural como os três níveis de Insegurança Alimentar (p=<0,001), havendo uma maior chance de insegurança alimentar nesses domicílios. A média do Índice de Qualidade da Dieta Revisado para os 46.152 indivíduos foi de 54.23 pontos para os que não apresentavam insegurança alimentar, e 54.11 pontos para aqueles que vivenciaram insegurança alimentar grave.
Conclusão
Conclui-se que existe associação entre a percepção de insegurança alimentar e a qualidade nutricional da dieta da população brasileira, o que pode levar à desnutrição e obesidade.
Palavras-chave:
Adulto; Dieta; Segurança alimentar