RESUMO
Objetivo:
estimar a prevalência da automutilação entre os adolescentes e os fatores que a influenciam.
Método:
revisão sistemática com metanálise. A busca foi realizada no mês de outubro de 2021 nas bases de dados SciELO, LILACS, MEDLINE e PubMed, com os descritores “Adolescente” e “Comportamento autodestrutivo” e “Adolescent” e “Self-destructive behavior,” combinados pelo operador booleano “AND”. Foram incluídos os estudos publicados entre 2015 e 2021, quantitativos, em português, inglês e espanhol, disponíveis na íntegra, e excluídos os documentos que não continham o quantitativo referente aos adolescentes que praticaram automutilação, estudos duplicados e de revisão. A seleção dos estudos foi realizada por pares a partir da remoção de duplicatas e da aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, leitura de títulos, resumos e texto completo. Ao final, a amostra foi composta por 86 estudos. A metanálise foi realizada pelo uso do software R por meio da elaboração do forest plot, teste de heterogeneidade, teste de funil e teste de Egger.
Resultados:
a prevalência de automutilação entre adolescentes apresentou uma média de 21%, destacando-se os Estados Unidos com o maior percentual. Dentre os fatores identificados, destacaram-se: adolescentes mais velhos, do sexo feminino, desfavorecidos economicamente, que vivenciam conflitos familiares, com pais com baixa escolaridade, vítimas de violência e de bullying e que possuem amigos com comportamentos suicidas.
Conclusão:
a automutilação configura-se como socialmente determinada de modo que a sua prevalência varia de acordo com a integração entre os diferentes fatores. Nesse contexto, faz-se necessário que o profissional de Enfermagem ofereça apoio emocional aos adolescentes e aos familiares.
DESCRITORES:
Prevalência; Violência; Automutilação; Adolescente; Comportamento autodestrutivo; Cuidados de enfermagem; Saúde mental; Revisão sistemática