RESUMO
Revestir ração medicada para peixes com um polímero minimiza a lixiviação do fármaco na água. Tambaqui (Colossoma macropomum) é um peixe amazônico economicamente importante, frequentemente parasitado pelo acantocéfalo Neoechinorhynchus buttnerae. Neste estudo, comparamos o efeito do revestimento com etilcelulose (EC 0,75%) de ração medicada com o anti-helmíntico albendazol (ABZ, 10 mg kg-1 pc) e ração não revestida sobre a eficácia do tratamento e bioacumulação de ABZ em tambaquis naturalmente parasitados. A eficácia foi de 34% e 66%, em peixes alimentados com ração não revestida e revestida, respectivamente, mas não variou significativamente entre tratamentos. O resíduo total de ABZ atingiu concentrações de 122,0 a 151,7 ng g-1, mas não variou significativamente entre os tratamentos. O fator de biomagnificação foi baixo, variando entre 0,0003 e 0,0004. O revestimento com EC não afetou significativamente o tratamento com ABZ e não interferiu na bioacumulação de ABZ no tecido comestível do tambaqui.
PALAVRAS-CHAVE:
parasitose; acantocéfalos; Neoechinorhynchus buttnerae; peixes amazônicos; medicamentos veterinários; bioacumulação