O objetivo deste trabalho foi investigar as características físico-químicas e o comportamento reológico de alguns méis florais de espécies de plantas silvestres encontradas no bioma caatinga, assim como, correlacionar as viscosidades dos méis com sua composição química. Neste sentido, cinco méis com predominância floral de plantas típicas da caatinga visitadas por abelhas melíferas foram analisadas. Os resultados mostraram que o teor de umidade dos méis variou entre 17,45 e 21,50 g/100g. As amostras exibiram maiores teores de frutose (37,58 - 43.95 g/100g) e menores teores de glicose (27.41 - 33.80 g/100g). A razão glicose/água variou entre 1,55 e 1,80. Os teores de sacarose, com exeção das amostras de mel de Croton campestris, exibiram valores acima do mais alto teor permitido pela legislação brasileira (6,0 g/100g). Os teores de cinza variaram entre 0,02 e 0,19%. Os teores de sólidos insolúveis ficaram acima de 0,1 g/100g. A condutividade elétrica variou entre 144,90 e 412,55 µS.cm–1. Todas as amostras de mel comportaram-se como fluidos Newtonianos. Os valores das viscosidades, medidos a 293 K, ficaram entre 1,90 e 8,55 Pa.s. Um modelo matemático empírico, adaptado do modelo de Arrhenius, fornece uma boa descrição da viscosidade dos méis como função dos efeitos combinados da temperatura e do teor de umidade.
modelo de Arrhenius; glicose; umidade; reologia; viscosidade
