Escamas abdominais de um espécime juvenil de Australerpeton cosgriffi Barberena 1998 são compostas de osso primário compacto rico em lacunas de osteócitos; canais vasculares e osteons primários são raros, não havendo sinais de remodelamento do tecido por reabsorção e redeposição. Ao contrário, as escamas abdominais de um adulto da mesma espécie mostra um extenso retrabalhamento dos tecidos ósseos. A escama cresce por deposição de osso lamelar perifericamente ao redor de toda sua superfície; a presença de fibras de Sharpey na periferia da escama tanto basal com externamente sugere que elas permaneciam profundamente envolvidas pela derme; a escama embrionária é completamente remodelada no adulto por reabsorção e redeposição formando uma camada interna esponjosa de osso com grandes baías de erosão e osteons secundários. O remodelamento por reabsorção e redeposição é confinado ao núcleo da escama e não afeta a sua periferia, ao contrário do que acontece nos peixes sarcopterígeos com escamas cosmóides. São discutidas as possíveis funções biológicas das escamas na espécie, tais como proteção mecânica, proteção contra perda d'água, respiração cutânea, controle hidrostático e reserva de cálcio.
Temnospondyli; paleohistologia; paleobiologia; Permiano Superior; Formação Rio do Rasto
