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Análise da Variabilidade de Frequência Cardíaca antes e durante o Teste de Inclinação em Pacientes com Síncope Vasovagal Tipo Cardioinibitória

Resumo

Fundamento:

A resposta cardioinibitória vasovagal ao teste de inclinação (TI) é pouco frequente. A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) por meio da análise espectral pode discernir os pacientes (pts) com aquela resposta.

Objetivo:

Avaliar a VFC em pts com síncope vasovagal cardioinibitória (grupo caso - G1), comparando-a com a VFC de pts sem síncope e com resposta negativa ao TI (grupo controle - G2).

Métodos:

foram avaliados 64 pts, média de idade 36,2 anos, 35 homens, submetidos ao TI a 70º, sob monitoramento pelo Holter digital. Os grupos foram pareados por idade e sexo, sendo 40 pts do G1 e 24 do G2.

Resultados:

No G1, 21 pts apresentaram resposta tipo 2A e 19, tipo 2B, com média do TI de 20,4 min. Houve maior valor do componente de baixa frequência (BF) (11,6 versus 4,5 ms2, p=0,001) e menor relação baixa/alta frequência na posição supina (3,9 versus 4,5 ms2, p=0,008) no G1, sem diferença durante o TI. Aplicando-se a curva de operação característica para resposta cardioinibitória, foi obtida a área abaixo da curva de 0,74 para o componente BF na posição supina (p=0,001). Para o ponto de corte de 0,35 ms2 para BF observaram-se: sensibilidade, 97,4%; especificidade, 83,3%; valor preditivo positivo, 85,3%; valor preditivo negativo, 96,9%; e razão de probabilidade positiva, 5,8.

Conclusão:

A VFC na posição supina permitiu identificar os pts com síncope e com resposta cardioinibitória, com um alto valor preditivo negativo e uma razão de probabilidade de 5,8.

Palavras-chave:
Frequência Cardíaca; Síncope Vasovagal / fisiopatologia; Teste de Mesa Inclinada; Eletrocardiografia Ambulatorial

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