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Aspectos epidemiológicos do melanoma em serviço de dermatologia de hospital universitário em um período de 20 anos

FUNDAMENTOS:

A incidência do melanoma cutâneo aumentou nas últimas décadas. Embora represente 3% dos tumores cutâneos, é responsável por 75% dos óbitos. O diagnóstico precoce constitui a principal chance de cura.

OBJETIVO:

Descrever os aspectos epidemiológicos do melanoma em hospital universitário em 20 anos.

MÉTODOS:

Avaliaram-se 166 pacientes no período de janeiro de 1990 a janeiro de 2010, quanto s variáveis epidemiológicas, histológicas e óbitos relacionados ao melanoma e suas correlações. Adotou-se nível de significância de 5%.

RESULTADOS:

A maioria dos pacientes era brancos (74%), mulheres (61%), com média de idade ao diagnóstico de 55 anos. O tipo histológico predominante foi o lentigo maligno/lentigo maligno melanoma (35,7%) e a localização mais frequente foi a cabeça e o pescoço (30,7%). Entre os não-brancos, a região acral foi a mais acometida. Quanto espessura tumoral, a maioria dos melanomas era in situ (41,1%). O crescimento da lesão foi a queixa mais frequente (58%) e o sangramento foi mais associado a melanomas espessos. Ocorreram sete óbitos (4,2%), com maior risco de morte em menores de 20 anos e naqueles com história de sangramento, após análise multivariada.

CONCLUSÃO:

Esta casuística difere da maioria dos estudos em relação localização (cabeça e pescoço), ao tipo histológico (lentigo maligno/lentigo maligno melanoma) e ao maior risco de óbito em menores de 20 anos, o que pode ser devido variação regional. Estudos mais amplos são necessários para validação destes resultados.

Epidemiologia; Lentigo; Melanoma


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