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Gravidez após radioiodoterapia

OBJETIVO: Avaliar a taxa de aborto e anomalia congênita em mulheres que engravidaram após radioiodoterapia para carcinoma diferenciado de tireóide. PACIENTES E MÉTODO: Estudo de caso controle com 108 mulheres, 48 submetidas à radioiodoterapia para carcinoma diferenciado de tireóide e 60 mulheres saudáveis (grupo controle). RESULTADOS: De 66 gestações (grupo de pacientes que receberam radioiodo), 14 ocorreram no primeiro ano e 51 mais de um ano após a administração do 131I. Não foi possível coletar dados de uma paciente. O intervalo entre a última dose de 131I e a concepção variou de 1 mês a 10 anos. Ocorreram 4 abortos, 2 de causas desconhecidas. Houve 1 caso de anomalia congênita e 2 pretermos. Nove pacientes que receberam 131I apresentaram intercorrências durante a gravidez: insuficiência placentária, crise hipertensiva, descolamento de placenta, ameaça de aborto, trabalho de parto prematuro e 4 abortos. Não houve diferença estatística entre o grupo estudado e o controle. CONCLUSÃO: O uso da radioiodoterapia para carcinoma diferenciado de tireóide em mulheres não foi relacionado com aumento de efeitos adversos nas mães e suas proles.

Radioiodo; Gravidez; Aborto; Anomalia congênita


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