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Metástase de carcinoma de células renais para hipófise simulando macroadenoma não funcionante

Metástases de neoplasias para hipófise são incomuns e ocorrem em até 1% dos tumores de hipófise. Apresentamos o caso de um homem de 74 anos de idade com progressiva deterioração visual nos 30 dias que antecederam seu atendimento. Ele negava cefaleia ou poliúria e queixava-se de constipação intestinal. O paciente havia sido submetido à nefrectomia radical para carcinoma de células renais cinco anos antes, seguida de quimioterapia e radioterapia por metástases pulmonares e parotídea. Ao exame oftalmológico, apresentava paralisia do nervo abducente esquerdo e hemianopsia bitemporal. A ressonância magnética demonstrou uma massa selar com extensão suprasselar comprimindo o quiasma óptico. Na avaliação endocrinológica apresentava insuficiência adrenal e gonadal centrais. O paciente foi submetido à ressecção transesfenoidal da lesão que, ao exame anatomopatológico, se revelou como carcinoma de células renais. Esse caso demonstra que a presença de lesões metastáticas na hipófise pode mimetizar sinais e sintomas de macroadenoma não funcionante e que o diabetes insípido central, comum nas lesões metastáticas para hipófise, pode estar ausente.


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