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Osteoporose em homens

A osteoporose é definida como "uma doença esquelética sistêmica caracterizada por baixa massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo com conseqüente aumento da susceptibilidade a fraturas". Aproximadamente 4050% das mulheres apresentarão uma fratura osteoporótica durante suas vidas, e por isso os estudos iniciais focalizaram o sexo feminino. A despeito do reconhecimento cada vez mais freqüente da ocorrência de fraturas osteoporóticas em homens, a doença continua sendo negligenciada no sexo masculino. Isto não é apropriado na medida em que 2533% dos homens em algumas populações apresentarão fraturas osteoporóticas durante suas vidas. A testosterona exerce um importante papel na integridade esquelética masculina, contudo dados recentes sugerem que os estrógenos são de fato os hormônios dominantes na regulação esquelética em ambos os sexos. A medida da densidade mineral óssea pode ser utilizada no diagnóstico e para avaliar o risco de fraturas, e a ISCD recomenda que o escore T de -2.5 ou menos seja usado como critério diagnóstico no homem. A terapia androgênica no hipogonadismo masculino deve ser considerada, embora não existam dados sobre redução do risco de fraturas, e no momento não há dados que suportem o uso de andrógenos em homens eugonádicos com osteoporose. O tratamento com paratormônio aumenta a massa óssea, porém os estudos existentes não apresentam amostra e duração suficientes para documentar redução no risco de fraturas. Os bisfosfonatos aumentam a massa óssea, reduzem o risco de fraturas e são considerados como tratamento-padrão para o homem osteoporótico no presente momento.

Osteoporose; Androgênios; Estrogênios; Teriparatida; Bisfosfonatos


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