RESUMO
Os estudos de cirurgias da coluna vertebral de cães apresentam limitações para a padronização da amostra, devido à dificuldade de se conseguir animais de mesma raça, sexo e idade. Dessa forma, sugere-se o uso do coelho como modelo animal. Estudos morfométricos são importantes para avaliar a compatibilidade anatômica entre as duas espécies. Além disso, o crescente interesse pelo coelho como animal de estimação e a ocorrência comum de fraturas iatrogênicas na coluna lombar caudal enfatizam a necessidade desses estudos. Oito segmentos de coluna vertebral (L1-S3) de cães adultos, entre 3 e 5kg, e oito de coelhos adultos, da raça Nova Zelândia, entre 3 e 5kg, foram submetidos a exame tomográfico computadorizado de feixe cônico. Nas imagens geradas, foram mensurados o comprimento, a altura e a largura do corpo e do forame vertebral, além da espessura do osso cortical. Pode-se observar que as vértebras lombares dos coelhos são mais compridas do que as dos cães, porém apresentam largura e altura menores. A espessura do osso cortical das duas espécies é semelhante. As diferenças morfométricas encontradas restringem o uso do coelho como modelo animal para o desenvolvimento de cirurgias experimentais de cães.
Palavras-chave:
Canis lupus familiaris; coluna vertebral; Oryctolagus cuniculus; osso cortical; tomógrafo computadorizado de feixe cônico
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