[Tumor neuroectodérmico primitivo na coluna cervical de um cão - Relato de Caso]

RESUMO

Descreve-se um caso de tumor neuroectodérmico primitivo periférico na região cervical de um canino. O paciente em questão era um canino, macho, de cinco anos, porte grande, com sinais clínicos neurológicos agudos, cervicoalgia severa e tetraplegia. Na tomografia computadorizada, foi observada uma massa de aspecto ovalado localizada dorsalmente às vértebras cervicais C4 a C7, com infiltração sobre a medula espinhal entre as vértebras C4 e C5, alargando discretamente os forames intervertebrais dorsais das vértebras cervicais e comprimindo a porção dorsal da medula espinhal deste segmento. Na microscopia, as células neoplásicas eram pequenas, de formato irregular e citoplasma escasso. A imunorreatividade para vimentina, que só pode ser expressa em tumores PTNEs, foi determinante para a confirmação diagnóstica. Adicionalmente, a positividade da proteína S-100, que é expressa em células neuroectodérmicas principalmente das células da crista neural, reforçou a classificação como PTNE, e a negatividade na expressão para proteína ácida fibrilar glial (GFAP) descartou a presença de glioma de pequenas células do sistema nervoso central. Com base no histórico clínico, em exames de imagem, na morfologia celular e principalmente na coloração imuno-histoquímica, confirmou-se o diagnóstico de tumor neuroectodérmico primitivo (PTNE) com infiltração e compressão na medula espinhal na região cervical do cão, considerado incomum nessa espécie.

Palavras-chave:
tumor neuroectodérmico primitivo central; tumor neuroendócrino primitivo periférico; cão