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[Ocorrência de Salmonella spp. na cadeia de produção de carne de frango]

RESUMO

A carne de frango brasileira é consumida em mais de 150 países, em mercados exigentes com a qualidade e a produção de alimentos seguros, o que justifica o controle de patógenos nesse alimento, a fim de assegurar tais requisitos. O presente estudo analisou dados constantes dos relatórios do Programa de Controle e Monitoramento da Salmonella spp. do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (MAPA), realizado em sete unidades avícolas e frigoríficas da região oeste do estado do Paraná, com Serviço de Inspeção Federal, no período entre março 2017 e fevereiro de 2019. A análise dos dados revelou a presença de Salmonella spp. no suabe de cama de frango em 5,9% dos lotes analisados e em 23,5% das carcaças oriundas desses lotes. A presença concomitante de Salmonella spp. no suabe de cama e nas carcaças de frango do lote ocorreu em 58% das amostras positivas. O sorovar mais frequentemente isolado nas carcaças foi Salmonella Heidelberg (85,3%), seguido de Salmonella spp. (10,6%). Durante o abate, observou-se diferença significativa (P=0,047) na positividade das carcaças para Salmonella spp. entre o primeiro (19,6%) e o segundo turno (29,4%). Os resultados indicam a possibilidade de contaminação das carcaças durante o abate, portanto a adoção de medidas mais rigorosas de higienização entre os turnos deve ser implementada a fim de mitigar a contaminação das carcaças.

Palavras-chave:
salmonelose; contaminação; Salmonella Heidelberg; abatedouro; suabe de cama

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