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Entrópio de pálpebra superior e olho seco no tracoma cicatricial sem triquíase

OBJETIVOS: Avaliar a posição da margem palpebral superior e a superfície ocular no tracoma cicatricial sem triquíase (TS). MÉTODOS: A localização da transição mucocutânea da pálpebra superior foi avaliada com lâmpada de fenda em 156 olhos de 78 pacientes com triquíase e de 130 olhos de 65 controles. A posição da transição mucocutânea foi classificada em relação à linha das glândulas de Meibômio em três categorias: a) anterior, b) sobre a linha e c) posterior a linha. A superfície ocular de todos os olhos foi avaliada com verde de lissamina. Todos os participantes responderam ao questionário sobre a presença e intensidade dos sintomas relacionados ao olho seco. RESULTADOS: Nos olhos com triquíase a localização da transição mucocutânea foi posterior à linha das glândulas de Meibômio em 55 (35,3%), sobre a linha em 77 (49,4%) e anterior à linha em somente 24 (15,4%). No grupo controle essa distribuição foi 5 (3,8%); 42 (42%) e 83 (63,8%). A positividade ao corante de lissamina e sintomas de olho seco também foram associados à triquíase. CONCLUSÃO: Diferentes graus de entrópio de pálpebra superior estão presentes no tracoma cicatricial mesmo na ausência de triquíase. Triquíase está associada à positividade ao corante verde lissamine e sintomas de olho seco. A conjuntivalização da margem palpebral pode ser um fator no desenvolvimento do olho seco tracomatoso.

Tracoma; Cicatriz; Síndromes do olho seco; Entrópio; Pálpebras; Corantes verdes de lissamina; Questionários


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