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Uma análise crítica dos estudos de avaliação do L-ornitina-L-aspartato (LOLA) no tratamento da encefalopatia hepática

CONTEXTO: Estudos experimentais e clínicos sugerem que a L-ornitina-L-aspartato pode ter uma influência favorável na encefalopatia hepática em virtude do seu efeito na redução da amônia, e melhora dos sintomas e achados laboratoriais. OBJETIVOS: Avaliar e analisar criticamente os estudos de eficácia e/ou efetividade do uso de L-ornitina-L-aspartato quando comparado com placebo no tratamento da encefalopatia hepática. FONTES DE INFORMAÇÃO: Foram pesquisadas as bases de dados LILACS, SciELO, MEDLINE, PubMed e o Registro de Ensaios Controlados da Colaboração Cochrane no período de 1966 até setembro de 2006. A revisão incluiu todos os ensaios clínicos controlados randomizados, duplo-cego, em seres humanos, no idioma inglês. RESULTADOS: Foram selecionados e revisados quatro estudos publicados entre 1993 e 2000, que mostraram que a L-ornitina-L-aspartato foi capaz de reduzir a hiperamonemia em portadores de encefalopatia hepática, quando comparados ao grupo que utilizou placebo. CONCLUSÕES: Embora os estudos tenham demonstrado eficácia da L-ornitina-L-aspartato em reduzir a hiperamonemia da encefalopatia hepática, não foi encontrada evidência suficiente que a L-ornitina-L-aspartato tenha um efeito clínico benéfico significativo em pacientes com encefalopatia hepática. Os ensaios realizados neste campo foram pequenos com períodos curtos de acompanhamento e a metade deles com baixa qualidade metodológica.

Encefalopatia hepática; Dipeptídeos


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