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“O ANIMISTA É SEMPRE O OUTRO”: O ENCANTAMENTO DOS OBJETOS E A EXPERIÊNCIA ANALÍTICA

RESUMO:

O objetivo do artigo é revisitar a noção de animismo em psicanálise a partir das provocações do perspectivismo ameríndio. Trata-se de abrir espaço para conceber formas de alteridade não apenas ancoradas no totemismo e na divisão moderna entre natureza e cultura. As considerações de Winnicott sobre o self e os objetos servirão de ponto de apoio para reverberar na teoria e na clínica psicanalíticas as torções em nossas próprias bases sustentadas no animismo e no totemismo. Espera-se interpolar a ancoragem psicanalítica no pensamento moderno colonialista e, pelo encantamento dos objetos, entrever algo que escapa ao nosso próprio espelho - afinal, o animista nem sempre é o outro.

Palavras-chave:
animismo; totemismo; psicanálise; antropologia; perspectivismo

Programa de Pós-graduação em Teoria Psicanalítica do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ Instituto de Psicologia UFRJ, Campus Praia Vermelha, Av. Pasteur, 250 - Pavilhão Nilton Campos - Urca, 22290-240 Rio de Janeiro RJ - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
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