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Diversidade de insetos sob a influência do milho Bt e inseticidas

RESUMO:

O milho geneticamente modificado visando ao controle de lagartas tem sido amplamente utilizado no Brasil. Em estudo de campo realizado em Ponta Grossa (Paraná, Brasil), compararam-se, com base na diversidade (riqueza de espécies e abundância), os efeitos do milho Bt e do controle químico sobre a comunidade de insetos, grupos funcionais e espécies. A comunidade de insetos foi amostrada no milho geneticamente modificado MON810, que expressa a proteína Cry1Ab de Bacillus thuringiensis Berliner, e no milho convencional com e sem a aplicação de inseticidas (lufenuron e lambda-cialotrina). As amostragens foram realizadas por meio da coleta de insetos utilizando-se armadilha de queda, bandeja-d’água e cartão adesivo. Foram coletados 253.454 insetos, distribuídos em nove ordens, 82 famílias e 241 espécies. Não foram observadas diferenças na comunidade de insetos para os índices de riqueza, diversidade e equitabilidade nos tratamentos avaliados. Predadores e polinizadores foram mais abundantes no milho geneticamente modificado, e parasitoides, decompositores, sugadores e mastigadores, no milho convencional com inseticida. Diferenças significativas foram detectadas para as espécies Colopterus sp., Colaspis occidentalis (L.) e Nusalala tessellata (Gerstaecker), mais abundantes no milho Bt, e Dalbulus maidis e Condylostylus sp.2, mais abundantes no milho convencional.

PALAVRAS-CHAVE:
Cry1Ab; biodiversidade; piretroide; inimigos naturais

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