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Um estudo comparativo da toxicidade aguda do herbicida atrazina aos cladóceros Daphnia magna, Ceriodaphnia silvestrii e Macrothrix flabelligera

OBJETIVO: Neste estudo comparamos a sensibilidade de três espécies de cladóceros, Daphnia magna, Ceriodaphnia silvestrii e Macrothrix flabelligera quando expostas ao herbicida Atrazina Atanor 50 SC® (500 g/L), amplamente utilizado em plantações no Brasil. MÉTODOS: Foram realizados testes de toxicidade aguda das concentrações nominais de atrazina nos valores de 2,25; 4,5; 9,0; 18,0; 36 e 72 mg L-1 para C. silvestrii e M. flabelligera e de 2,25; 4,5; 9,0; 18,0; 36; 72 e 144 mg L-1 para D. magna. Estas faixas de concentrações foram estabelecidas em testes preliminares. RESULTADOS: Os testes de toxicidade mostraram que as duas espécies que ocorrem naturalmente nos corpos d'água do Brasil foram mais sensíveis do que Daphnia magna. As concentrações efetivas de Atrazina Atanor 50 SC® (CE50-48 h) para M. flabelligera, C. silvestrii e D.magna, foram 12.37 ± 2.67 mg L-1, 14.30 ±1.55 mg L-1 e 50.41 ± 2.64 mg L-1, respectivamente. Comparando-se os valores de CE50 da atrazina obtidos para M. flabelligera e C. silvestrii com valores de CE50 ou CL50 (mg L-1) disponíveis na literatura para diferentes organismos aquáticos observa-se que os cladóceros testados foram mais sensíveis ao herbicida do que os demais. CONCLUSÕES: Com base nestes resultados e considerando-se a ampla distribuição de C. silvestrii e M. flabelligera em regiões tropicais e subtropicais, conclui-se que estas espécies nativas são importantes organismos-teste a serem utilizados em ensaios ecotoxicológicos para o monitoramento de toxicidade nas águas doces tropicais.

Cladocera; Ecotoxicologia; Atrazina Atanor 50 SC®; pesticida


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