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Crescimento e anatomia radiculares de Typha domingensis Pers. e sua relação com a disponibilidade de fósforo

Resumo

Objetivo

A capacidade das macrófitas, para colonizar grandes áreas é frequentemente relatada como dependente do investimento no sistema radicular e a sua capacidade para absorver nutrientes. Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos do fósforo no crescimento da raiz, na anatomia radicular e na sua capacidade de absorver este nutriente pela macrófita aquática Typha domingensis.

Metodologia

As plantas foram cultivadas por 60 dias em solução nutritiva contendo 0, 0,2, 0,4, 0,6 ou 0,8 mM de fósforo. Ao final do experimento, o comprimento e conteúdo de P da raiz bem como a sua anatomia nas regiões de maturação e meristemática foram avaliados.

Resultados

Maiores concentrações de P aumentaram a absorção deste nutriente bem como a massa seca das plantas. Contudo o comprimento da raiz foi reduzido pelas maiores concentrações de fósforo. Além disso, maiores concentrações de P aumentaram a proporção da coifa e reduziram a proporção de procâmbio na zona meristemática. Ademais, maiores concentrações de fósforo reduziram o diâmetro dos vasos de xilema e a proporção do cilindro vascular na zona de maturação apesar de uma maior proporção de floema ter sido observada nestas condições. A espessura da endoderme e a exoderme bem como a proporção de aerênquima foram reduzidas pelas maiores concentrações de fósforo.

Conclusões

Portanto, a exigência de fósforo de T. domingensis é atingida sob 0,4 mM deste nutriente e condições hipertróficas promovem o desenvolvimento de características desfavoráveis na anatomia e um menor crescimento radicular.

Palavras-chave:
taboa; eutrofização; crescimento de macrófitas; meristemas radiculares


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