Resumo
No termo da Vila de Casa Branca, na Província de São Paulo, em meados do século XIX, doações de patrimônios de capelas permitiram a gênese de povoações, posteriormente elevadas a capelas curadas e freguesias. O artigo demonstra a formação da rede urbana, analisando a relação entre o poder secular e a Igreja Católica na ocupação territorial, um processo que envolveu as paróquias da região e instâncias do poder civil e judiciário no reconhecimento e posse dos patrimônios de capelas. As fontes primárias analisadas são a documentação textual civil e eclesiástica da região, espacializada em um SIG histórico que reconstitui o território da aplicação da capela do Rio do Peixe e sua população livre e cativa. A elaboração de um SIG histórico permite analisar a relação entre as fazendas, a rede de caminhos, as capelas e os patrimônios existentes, revelando hierarquias sociais e redes de clientelismo em torno das capelas curadas, apontando para sua relevância no cotidiano dos coevos do século XIX.
Palavras-chave:
Século XIX; patrimônios de capelas; província de São Paulo; Casa Branca-SP; rede urbana - SIG histórico