Resumo
O adequado dimensionamento de estruturas de micro e macrodrenagem usualmente depende de vazões estimadas com auxílio de equações de chuvas intensas. Séries históricas de precipitações longas e representativas, obtidas através de pluviógrafos, permitem a conformação de equações que relacionem intensidade, duração e frequência de precipitações. Entretanto, em muitas regiões brasileiras não existem pluviógrafos em operação, ou as séries históricas de registros pluviográficos disponíveis são substancialmente mais curtas e menos confiáveis do que aquelas estabelecidas por pluviômetros. Neste contexto, recorrentemente são empregados métodos expeditos para obtenção de equações de chuvas intensas a partir de registros pluviométricos. O presente trabalho tem como objetivo avaliar o desempenho dos métodos expeditos de Chow-Gumbel e de Bell, quando da conformação de equações de chuvas intensas a partir de coeficientes de desagregação disponíveis na literatura técnica corrente. O teste F de variâncias, assumindo-se nível de significância de 95%, foi empregado para comparar as respostas das equações de chuvas intensas produzidas pelos métodos expeditos com as respostas de equações de chuvas intensas estabelecidas a partir de registros pluviográficos. Como referência para a análise, foram consideradas equações de chuvas intensas disponíveis para o estado do Paraná. Os resultados indicaram que, para períodos de retorno superiores a 10 anos e durações superiores a 30 minutos, as equações de chuvas intensas determinadas pelos métodos expeditos produzem intensidades equivalentes àquelas determinadas por registros pluviográficos.
Palavras-chave:
chuvas intensas; drenagem; equações intensidade-duração-frequência.