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Neurossífilis e música clássica: os grandes compositores e “A Grande Imitadora”

RESUMO

Através da história, a neurossífilis vitimou milhares de pessoas, incluindo compositores clássicos, com uma grande gama de manifestações.

Métodos:

Seis artigos com descrições de compositores com possível neurossífilis foram revisados.

Resultados:

Neurossífilis é um diagnóstico possível para compositores como Beethoven, cuja perda auditiva progressiva influenciou sua carreira, culminando com surdez completa. Em sua autópsia foram descritas inflamação e atrofia dos nervos cocleares. Donizetti desenvolveu alterações comportamentais, bem como cefaleias, paresia e convulsões. Tanto Schumann quanto Wolf sofreram com alterações comportamentais, delírios persecutórios e paresia. Joplin e Delius também tiveram sintomas relacionados a sífilis. Achados de autópsia confirmaram o diagnóstico de Smetana, que desenvolveu demência, surdez e alucinações auditivas rapidamente progressivas. Seu tinito foi musicalmente representados em seu Quarteto de Cordas No. 1.

Conclusão:

Neurossífilis vitimou diversos compositores de destaque. Pode-se argumentar que a doença chegou a ser grande fonte de inspiração e mesmo responsável pela gênese de diversas obras-primas.

Palavras-chave:
Neurossífilis; música; compositores, história da medicina; neurologia

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