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Reoencefalografia: observações na enxaqueca

No conceito fisiopatológico da enxaqueca atribui-se grande importância às alterações vasculares. Por esta razão empregamos a reoencefalografia, método simples e inócuo que nos pareceu o mais adequado para estudar a hemodinâmica cerebral em casos de hemicrania. Nossas conclusões foram as seguintes: (1) nos traçados reoencefalográficos de rotina encontramos, em apenas 1/7 dos casos, alterações qualitativas e quantitivas significantes no período intercrítico da enxaqueca, ao passo que mais de 2/3 dos traçados podiam ser classificados como patológicos e característicos, desde que utilizássemos o teste ortostático de Schellong; (2) a reoencefalografia parece ser mais precisa do que a eletrencefalografia para o diagnóstico de hemicrania; este fato é compreensível pois o reoencefalograma registra diretamente a hemodinâmica cerebral, enquanto que o eletrencefalograma registra a atividade bioelétrica do parênquima a qual, por sua vez, apenas secundariamente depende de circulação sangüínea; (3) resultados semelhantes foram, também, observados em casos de síndrome de Menière nos quais a eletrencefalografia seria, também, menos útil que a reoencefalografia. De acordo com estes resultados, parece-nos ser lícito sugerir a inclusão la reoencefalografia na rotina e no controle terapêutico de pacientes com íemicrânia. Nesta e em outras condições similares a reoencefalografia é im método paraclínico de alto valor.


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