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Efeitos do pentobarbital sódico sobre a atividade elétrica cerebral do rato com lesões da formação reticular mesencefálica

Action of sodium pentobarbital on the cortical electrical activity of the rat after lesion of the midbrain reticular formation

Para êste estudo foram empregados 35 ratos da raça Wistar em preparação aguda (24 com lesão bilateral e 11 com lesão unilateral) da formação reticular mesencefálica e 18 preparações crônicas. O método empregado na obtenção das preparações foi descrito em trabalho anterior12. O objetivo desta série de experiências foi o de verificar de que maneira o pentobarbital interfere sobre as características da atividade elétrica cortical após lesão da formação reticular mesencefálica. Para tal, em animais preparados agudamente, foram feitas lesões progressivamente mais extensas e o barbitúrico injetado por via intravenosa em doses crescentes. A fim de testar a integridade do sistema reticular ativador ascendente, além de estímulos dolorosos intensos, aplicávamos pulsos de 5 a 10 V, 100 Hz, e 0,1 ms à formação reticular mesencefálica situada abaixo da região lesada. A ausência de reação de alerta cortical (dessincronização) nos assegurava que tal sistema havia sido lesado completamente. Nas preparações crônicas o pentobarbital era injetado por via intraperitoneal. Dessas experiências concluimos o seguinte: 1. Aumento da sincronização do eletrocorticograma nos animais com lesões parciais ou totais da formação reticular mesencefálica. 2. Depressão acentuada e precoce da atividade elétrica cerebral nos ratos com lesão muito extensa (comprometendo também a porção ventrobasal do tálamo). 3. Isocronismo da atividade elétrica cortical nos dois hemisférios cerebrais. 4. O pentobarbital parece agir tanto sobre os sistemas ativadores como sobre o sincronizador do eletrocorticograma. As doses pequenas deprimem os primeiros, liberando o segundo, enquanto que as maiores bloqueiam também este último. Sòmente doses muito mais altas é que fazem desaparecer totalmente a atividade do córtex cerebral, que se mostra, portanto, mais resistente à ação da droga.


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