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É justificável utilizar um segundo ciclo de imunoglobulina para as formas axonais da síndrome de Guillain-Barré?

Objetivo

Em determinadas situações, as formas graves da síndrome de Guillain-Barré (GBS) não mostram resposta ou continuam a deteriorar após a infusão endovenosa de imunoglobulina (IVIg). Não está claro qual seria a melhor opção de tratamento nestas circunstâncias.

Método

Este é o relato de caso de pacientes com grave comprometimento axonal em GBS, nos quais um segundo ciclo de IVIg foi utilizado.

Resultados

Três pacientes em ventilação mecânica que apresentavam variantes de GBS com disfunção autonômica, comprometimento bulbar e valores de Erasmus > 6, não mostraram melhora após infusão de IVIg 400 mg/kg/d por 5 dias. Após 6 semanas, foi iniciado um segundo ciclo de IVIg utilizando as mesmas doses e esquema feitos previamente. Em média, após 5 dias da segunda infusão, todos os pacientes haviam sido retirados da ventilação mecânica e mostravam resolução de suas flutuações de pressão arterial e frequência cardíaca.

Conclusões

O segundo ciclo de IVIg pode ser uma alternativa para tratamento de formas graves de GBS.

síndome de Guillain-Barré; poliradiculoneuropatia inflamatória aguda; paralisia flácida aguda; imunoterapia; imunoglobulina


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