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Síndrome do tunel do carpo: estudo evolutivo de parâmetros de condução nervoso em 261 mãos

OBJETIVO: Comparar evolutivamente parâmetros de condução nervosa (CN) na síndrome do túnel do carpo (STC) em mãos não submetidas à cirurgia. MÉTODO: Foram selecionadas retrospectivamente 261 mãos (166 pacientes) com STC sintomática confirmadas por CN e que posteriormente realizaram exame controle com intervalo >12 meses; foram excluídos casos com polineuropatia. Os parâmetros eletrodiagnósticos anormais foram: velocidade de condução sensitiva (VCS) <46,6 m/s, segmento pulso-II dedo, e latência distal motora (LDM) >4,25 ms, segmento pulso-APB (8 cm). RESULTADOS: 92,8% eram mulheres; a média de idade foi 49 anos (20-76); o tempo médio entre os exames foi 47 meses (12-150); 9,8% e 1,9% não apresentaram potenciais de ação do nervo sensitivo (PANS) e potenciais de ação muscular compostos, no primeiro exame. No segundo exame a VCS piorou em 54,2%, ficou igual em 11,6% e melhorou em 34,2%; a amplitude do PANS piorou em 57,7%, ficou igual em 13,1% e melhorou em 29,2%; a LDM piorou em 52,9%, ficou igual em 7,6% e melhorou em 39,5%. Incluindo todos os parâmetros eletrofisiológicos, houve piora em 54,9%, melhora em 34,3% e permaneceram sem alterações 10,8%. CONCLUSÃO: As anormalidades da CN na STC podem oscilar ao longo do tempo e aparentemente independem da sintomatologia clínica, dificultando a correlação e prognóstico; idade mais avançada, sexo masculino e PANS ausentes no primeiro exame foram as variáveis que tiveram menor percentual de melhora evolutiva, independentemente do intervalo entre os exames.

síndrome do túnel do carpo; nervo mediano; condução nervosa; neuropatia compressiva; evolução eletrofisiológica de longo prazo


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