RESUMO
Objetivo:
Avaliar o resultado funcional dos pacientes com lesão traumática do plexo braquial submetidos à cirurgia de Oberlin.
Métodos:
Foram analisados 18 pacientes, sendo 17 homens (94,4%), com idade média de 29,5 anos (17 a 46 anos), com lesão traumática alta do plexo braquial (C5-C6 e C5-C7). Avaliamos a amplitude de movimento ativa do cotovelo, a força muscular de flexão do cotovelo e a força de preensão palmar, e aplicamos o questionário Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand (DASH).
Resultados:
Quatro pacientes (22,2%) não obtiveram força eficaz de flexão do cotovelo BRMC (Grau 3). A amplitude de movimentação ativa apresentou média de 100,2° (± 45,6°) e observamos média de 35,5% (0 a 66,3%) de percentual de recuperação da força em relação ao membro contralateral. Foi observada menor força de flexão de cotovelo (p = 0,0001) e de preensão manual (p = 0,0001) no lado acometido.
Conclusão:
A cirurgia descrita por Oberlin para lesões do plexo braquial mostrou-se eficiente para a restauração da flexão do cotovelo e não deixou sequelas funcionais para a mão. Os resultados para a força do bíceps são melhores nas cirurgias realizadas com menos de 12 meses de lesão. Nível de evidência II, estudo retrospectivo.
Descritores:
Plexo Braquial; Transferência de Nervo; Contração Muscular