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Indigenous people, socio-environmental conflict and post-development in Latin America

O presente artigo pretende refletir a respeito das contradições existentes entre uma concepção do desenvolvimento que se encontra ancorada na ideia de progresso, industrialização e crescimento econômico e as cosmovisões dos povos originários, para os quais os laços simbióticos mantidos entre o homem e a natureza supõem necessariamente a intangibilidade e irredutibilidade dos recursos naturais como fonte de desenvolvimento econômico e social. Pelo mesmo, se sustenta que uma visão adequada do desenvolvimento tem que contemplar um giro epistémico no qual as conceições e saberes das comunidades indígenas sejam incorporados para alterar radicalmente a relação sociedade/natureza e a lógica altamente predatória do meio-ambiente e da vida humana que vem imperando até nossos dias. Esta nova perspectiva que implica uma mudança no discurso e nas práticas cotidianas do "saber" e do "fazer" é aquilo que alguns autores têm convencionado em denominar como pós-desenvolvimento.

Desenvolvimento; Povos originários; Conflitos socioambientais; Epistemologia Ambiental


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