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Problemas da poética de Dostoiévski: a recepção brasileira

RESUMO

Este artigo dá continuidade às reflexões desenvolvidas no projeto/CNPq Discursos de resistência: tradição e ruptura, em sua vertente dedicada à recepção de Bakhtin e o Círculo no Brasil. As traduções, consideradas fonte indiscutível dessa recepção, são observadas a partir dos paratextos, ou mais especificamente, de seus textos-moldura, como os denominamos, que as compõem desde o final da década de 1970. A autoria desses textos-moldura ajuda a traçar um significativo panorama das faces brasileiras da perspectiva dialógica, advinda de Bakhtin e o Círculo, em seus diferentes momentos. Neste trabalho, o objetivo é focalizar as cinco edições (tradução e re-traduções) de Problemas da poética de Dostoiévski (1981, 1997, 2002, 2008 e 2010), todas feitas por Paulo Bezerra, diretamente do russo. Os textos-moldura que as acompanham, também assinados pelo tradutor, apresentam e aprofundam as qualidades do autor traduzido e de sua obra, desenhando a construção sistemática e institucional do pensamento bakhtiniano no Brasil, realizada por pesquisadores que, além da necessária escuta internacional, vão construindo um caminho com especificidades brasileiras.

PALAVRAS-CHAVE:
Problemas da poética de Dostoiévski ; Textos-moldura; Recepção brasileira; Análise Dialógica do Discurso

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