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Cultivo in vitro e morfologia de Neoechinorhynchus buttnerae (Eoacanthocephala: Neoechinorhynchidae) coletados do intestino de tambaqui (Colossoma macropomum) cultivado na Amazônia brasileira

Resumo

O tambaqui (Colossoma macropomum) é uma espécie de grande importância econômica para a piscicultura na Amazônia brasileira, e a acantocefalose causada por Neoechinorhynchus buttnerae (Golvan 1956) representa um obstáculo à sua produção por causar severos danos morfológicos à mucosa intestinal, prejudicando a absorção de nutrientes e causando perda de peso nos peixes. Assim, o estabelecimento de protocolos in vitro para avaliação de fármacos anti-helmínticos é o primeiro passo para o desenvolvimento de medidas eficazes de controle in vivo destes endoparasitas. O presente estudo avaliou a sobrevivência in vitro de N. buttnerae mantido em meio essencial mínimo de Eagle sob diferentes condições de cultivo. Três ensaios foram realizados para avaliar se a temperatura, a suplementação com os antibióticos penicilina e estreptomicina e a substituição ou não do meio nutriente influenciariam a motilidade e a morfologia dos acantocéfalos. Os resultados da análise de Kaplan-Meier indicaram que o uso do meio essencial mínimo suplementado com penicilina e estreptomicina prolongou a sobrevivência do parasito quando mantido em temperaturas de 24 °C ou 28 °C. Este estudo descreve pela primeira vez um protocolo alternativo que é ideal para o cultivo in vitro de N. buttnerae. Este protocolo garante maior confiabilidade em ensaios in vitro com N. buttnerae.

Palavras-chave:
acantocéfalo; meio de cultivo; endoparasito; viabilidade

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