Perfil epidemiológico do Hantavirus na região Ñuble período 2002-2018, Chile

Resumo

A infecção por hantavírus é uma zoonose endêmica no Chile, com letalidade média em torno de 36%. A maior letalidade (60%) foi registrada em 1997. Estratégias de prevenção vêm sendo aplicadas desde então. O diagnóstico precoce e tecnologias como o uso de ECMO (Extracorporeal Membrane Oxygenation) e plasma imune ao Hantavírus, têm contribuído para aumentar a sobrevida das pessoas por esta doença em nível nacional. Na recém-criada Região de Ñuble no Chile, a incidência e letalidade dos casos de Hantavírus são desconhecidas; portanto, o objetivo desta pesquisa é descrever o perfil epidemiológico dos casos de Hantavírus na Região de Ñuble, Chile de 2002 a 2018. Esse conhecimento contribui para fundamentar e justificar a necessidade de investir em tecnologia e reforçar as intervenções relacionadas ao diagnóstico precoce e prevenção desta doença na região. Os casos notificados na região de Ñuble durante o período 2002-2018, extraídos do Inquérito Epidemiológico de Pesquisa Ambiental de casos de Hantavírus do Ministério da Saúde do Chile, foram analisados ​​retrospectivamente. O perfil epidemiológico da região de Ñuble é muito semelhante ao nacional no que diz respeito à caracterização do indivíduo acometido pela doença. A população mais afetada são homens jovens, residentes em áreas rurais e, principalmente, de um segmento socioeconômico baixo. O perfil regional dos casos de Hantavírus permite identificar três municípios com maior número de casos: El Carmen, Coihueco e San Carlos. Espera-se uma resposta político-administrativa que enfoque e otimize estratégias e recursos para reduzir a incidência e letalidade desta patologia na região de Ñuble.

Palavras-chave:
vírus Andes; síndrome cardiopulmonar por hantavírus; Oligorizomys longicaudatus (rato de cauda longa)