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Ajustes morfofisiológicos revelam plasticidade de mudas de Araucaria angustifolia [(Bert.) O. Kuntze] sob regimes de sombreamento

Resumo

O objetivo deste estudo foi investigar as adaptações morfofisiológicas de mudas de Araucaria angustifolia sob diferentes condições de sombreamento. As mudas foram cultivadas durante 21 meses em pleno sol (S0%) e em três níveis de sombreamento: 30%, 50% e 80% (S-30%, S-50% e S-80%, respectivamente). Foram analisadas variáveis de crescimento, pigmentos de captação de luz (clorofila e carotenoides), fluorescência da clorofila e a estrutura anatômica da folha. As mudas sob S0% e S30% apresentaram maior diâmetro do caule, massa seca total e radicular, índice de qualidade de Dickson, relação clorofila a/clorofila b, teor de carotenoides e taxa de transporte de elétrons. Plantas sob S-50% e S-80% apresentaram adaptações fisiológicas, compensando a diminuição da disponibilidade de luz principalmente aumentando a quantidade de clorofila a e a eficiência quântica do fotossistema II, e reduzindo a espessura da folha. Esses resultados indicam que, apesar da plasticidade fisiológica da araucária à sombra, as mudas crescem mais em ambientes de alta irradiação ou baixo sombreamento (S-30%). Assim, plantios sombreados desta espécie devem ser evitados em viveiros e reflorestamentos devido à significativa redução do acúmulo de massa seca. Este estudo destaca a importância da intensidade ideal de luz para melhorar o crescimento de mudas desta espécie que está ameaçada de extinção.

Palavras-chave:
pinheiro brasileiro; biomassa seca; estrutura da folha; pigmentos fotossintéticos; reflorestamento

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