Calotropis procera (L.) mediada pela síntese de AgNPs e sua aplicação no controle da mancha foliar de Hibiscus rosa-sinensis (L.)

Resumo

A natureza é presenteada com uma grande variedade de plantas ornamentais que embelezam e limpam a natureza. Por causa de seu grande valor estético, existe a necessidade de proteger essas plantas de uma variedade de estresses bióticos e abióticos. Hibiscus rosa-sinensis (L.) é uma planta ornamental comumente conhecida como rosa-da-China ou graxa-de-estudante. É afetada por vários patógenos fúngicos e bacterianos. O presente estudo buscou isolar o patógeno da mancha foliar de H. rosa-sinensis e seu controle usando nanopartículas de prata (AgNPs). Com base nas características moleculares e morfológicas, o patógeno isolado da mancha foliar foi identificado como Aspergillus niger. As AgNPs foram sintetizadas no extrato de folhas de Calotropis procera e caracterizadas. A análise de espectroscopia UV-vis mostrou discretas bandas de ressonância plasmônica na superfície das AgNPs sintetizadas, mostrando a presença de aminoácidos aromáticos. A espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier (FTIR) descreveu a presença de grupos funcionais C-O, NH, C-H e O-H, que atuam como moléculas estabilizadoras e redutoras. A difração de raios X (DRX) revelou o tamanho médio (~32,43 nm) das AgNPs e a microscopia eletrônica de varredura (MEV) mostrou sua natureza esférica. Neste estudo, foi investigada a atividade antifúngica in vitro e in vivo de AgNPs. A análise da atividade antifúngica in vitro revelou a maior inibição do crescimento de micélio (87%) na concentração de 1,0 mg/ml de AgNPs. A mesma concentração de AgNPs inibiu a propagação da doença em folhas infectadas de H. rosa-sinensis. Esses resultados demonstraram significativa capacidade de controle de doenças das AgNPs e sugeriram seu uso em diferentes plantas ornamentais.

Palavras-chave:
Calotropis procera; AgNPs; FTIR; SEM; Hibiscus rosa-sinensis