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Quercetina inibe a liberação das armadilhas extracelulares dos neutrófilos e a atividade tóxica delas sobre células A549

Resumo

As armadilhas extracelulares de neutrófilos (NETs) foram relatadas pela primeira vez como uma estratégia microbicida para neutrófilos ativados. Por meio de uma resposta imunológica contra vários estímulos, os neutrófilos liberam seu DNA ligado a proteínas de grânulos, núcleo e citoplasma (por exemplo, elastase e mieloperoxidase). Até o momento, os NETs têm sido implicadas em danos aos tecidos durante processos inflamatórios intensos, principalmente quando sua liberação depende da geração de radicais de oxigênio. Os flavonóides são agentes antioxidantes e anti-inflamatórios, e destes, a quercetina é comumente encontrada em nossa dieta diária. Portanto, a quercetina pode exercer alguma atividade protetora contra o dano tecidual induzido por NETs. Em nossos ensaios in vitro, a quercetina reduziu a liberação das NETs, mieloperoxidase (MPO) e elastase a partir de neutrófilos estimulados com forbol 12-miristato 13-acetato (PMA). A atividade dessas enzimas também foi diminuída na presença de quercetina. A quercetina também reduziu o efeito citotóxico dos NETs sobre células alveolares (linha celular A549). Além disso, os ensaios in silico indicaram interações favoráveis entre a quercetina e as proteínas da NET (MPO e elastase). No geral, nossos resultados demonstram que a quercetina diminui os efeitos deletérios das NETs, reduzindo sua liberação à partir de neutrófilos ativados e diminuindo a atividade enzimática de MPO e elastase, possivelmente por meio de interação direta.

Palavras-chave:
inflamação; dano tecidual; flavonoides; quercetina; mieloperoxidase; elastase

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