Resumo
No Brasil, o açúcar mascavo possui apenas o valor de polarização como padrão de qualidade exigido em legislação própria; entretanto, este valor (90% de polarização) não representa a realidade dos produtos encontrados à venda nos mercados. Além disso, procedimentos como a adição de açúcar bruto de alta polarização (VHP) têm se tornado frequentes, uma vez que esta ação altera a qualidade final do produto e de seu processamento. É essencial, portanto, a elaboração de novos padrões de qualidade a serem exigidos para o açúcar mascavo. Avaliou-se, neste trabalho, a qualidade do açúcar mascavo produzido sem e com adição de VHP, sendo ambos os processos sem e com correção de pH, com o objetivo de fornecer subsídios que possam auxiliar na atualização dos padrões de qualidade do açúcar mascavo no país. Os resultados obtidos demonstram que não houve interação entre a matéria-prima (caldo de cana com diferentes teores de sólidos solúveis iniciais) e o processo utilizado (adição de VHP com e sem correção de pH) que influenciasse as características físico-químicas analisadas, exceto a umidade, em que o processo de adição de açúcar VHP acompanhado de correção de pH resultou em produtos com menores teores de umidade.
Palavras-chave:
Padrão de qualidade; Qualidade de alimentos; Interação produto-processo