A Bacia do Araripe é a mais extensa das bacias interiores do Nordeste do Brasil, apresentando história geológica mais complexa. O intervalo estudado corresponde às formações Missão Velha e Abaiara, aflorantes na porção centro-oeste do Vale do Cariri. Visando subsidiar os estudos de diagênese, foi realizada uma análise faciológica que permitiu identificar dez fácies sedimentares, individualizadas, consoantes às diferentes litologias e principais estruturas sedimentares. O estudo petrográfico permitiu classificar os litótipos como quartzarenitos, que apresentam arcabouço rico em grãos de quartzo, feldspatos e fragmentos líticos e, subordinadamente, minerais pesados. A história diagenética mostrou-se bastante complexa, sendo caracterizada por uma grande variedade de fases que se sucederam durante os estágios de eo, meso e telodiagênese. O estágio eodiagenético é marcado pela infiltração mecânica de argilas e pelo ínicio da compactação mecânica. O estágio mesodiagenético é caracterizado pelo final da compactação mecânica, compactação química, crescimentos secundários de quartzo e feldspato, cimentação de calcita, dissolução, formação de caulinita autigênica, alteração dos grãos para clorita e illita e precipitação de minerais opacos. O estágio telodiagenético é evidenciado pela oxidação de grãos, matriz e cimentos presentes. Tais informações permitiram realizar um estudo comparativo das formações estudadas.
Bacia do Araripe; diagênese; Rifte